Estudo Bíblico Livro de Eclesiastes
Para o estudo bíblico, é necessário realizar a leitura de todos os capítulos do livro de Eclesiastes. Em seguida, o aluno deve acessar o conteúdo de apoio, disponível nos links de Resumo, Personagens e Revisão. Após concluir essas etapas, estará preparado para realizar a prova final e avaliar seus conhecimentos.
Eclesiastes
Chave: Vaidade
Síntese e Autor
Quem é o Eclesiastes?
A palavra Eclesiastes significa "homem de assembléia", podendo referir-se àquele que convoca uma assembléia religiosa (Números 10:7) ou ao seu porta-voz ou pregador. Este pregador não é sacerdote que se apoiasse na lei, nem profeta que utilizasse a palavra, mas um sábio que recorria ao conselho (Jeremias 18:18), com grande parte de sua obra semelhante ao livro dos Provérbios.
Identidade e Contexto
De 1:1 deduz-se geralmente que se trata de Salomão, o primeiro dos sábios de Israel (12:9, 11; I Reis 3:12; 4:29-34), ou que parte do livro reflete suas experiências. Contudo, o livro também levanta questões: Salomão teria usado o tempo pretérito para afirmar "Fui rei sobre Israel em Jerusalém" (1:12)? Admitiria que a sabedoria "ainda estava longe de mim" (7:23)? É provável que a redação tenha ocorrido durante a angústia de Israel sob opressão (possivelmente o domínio persa, entre 444 e 331 a.C.), próximo à casa de Deus (5:1), em Jerusalém.
Público-Alvo
Embora escrito em hebraico, o livro possui traços pouco distintivos de Israel. O nome de Deus aparece raramente, Israel é mencionado apenas uma vez, e o autor se dirige aos filhos dos homens e, por extensão, à humanidade toda. O livro evidencia a estultícia e ignorância natural do homem, preparando o caminho para a sabedoria e a luz do evangelho.
Propósito e Cânon
Apesar de questionada pelos rabinos, a obra já integrava o cânon bíblico. O livro não é otimista cego nem pessimista cínico: reflete problemas reais da vida, mas afirma a fé em Deus da justiça (8:12-13). Apresenta um realismo penetrante, equilibrando alegria e fúria, triunfos e derrotas, e conclui que "tudo é vaidade" (1:2; 12:8). Paradoxalmente, o livro ressalta que a vida do homem deve reverenciar e obedecer a Deus, pois a ele finalmente prestaremos contas (12:13-14).
